sábado, 28 de maio de 2011

Banda Pato Fu faz apresentação neste domingo no Teatro Riachuelo

Publicação: 27/05/2011 15:25 Atualização: 27/05/2011 18:37

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Música de Brinquedo é o atual disco de trabalho da banda (Divulgação)
Música de Brinquedo é o atual disco de trabalho da banda
A banda Pato Fu se apresenta neste domingo no palco do Teatro Riachuelo. O show está previsto para começar às 18h e os ingressos estão custando R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).

A banda trará para Natal o show ‘Música de Brinquedo’no qual todas as músicas são acompanhadas com instrumentos de brinquedo.

Confira o repertório e alguns detalhes sobre os arranjos das músicas:

Primavera (Cassiano/Sílvio Rochael), clássico na voz de Tim Maia que abre o disco. Foi a primeira a ser gravada, e a escolha se deve ao arranjo cheio de nuances, numa das dinâmicas mais espetaculares da música brasileira – começo vibrante, pausa para a balada e final “lá em cima”. Manteve-se o clima, mas o vocal das crianças e os timbres dos brinquedos aqui já definem com muita propriedade o que é esse projeto.

Sonífera Ilha dos Titãs mostra que brinquedos eletrônicos também valem. A levada divertida feita com efeitos sonoros pelo baterista Xande Tamietti se mistura ao baixo decalcado nota por nota por Ricardo Koctus.

Rock And Roll Lullaby mundialmente famosa na voz de BJ Thomas, tema da novela Selva de Pedra nos anos 70 ganha um dos arranjos mais doces do disco, ao som do metalofone cheio de efeitos de Lulu Camargo.

Frevo Mulher (Zé Ramalho) também mistura brinquedos normais e eletrônicos, com destaque pro “Drawdio” tocado por John Ulhoa, uma espécie de lápis com um minicircuito de theremin acoplado, ocupando o espaço que era da sanfona no arranjo original.

O piano de brinquedo foi um instrumento fundamental nesse disco e em Ovelha Negra ele predomina, reproduzindo o arranjo clássico da canção de Rita Lee. O solo lendário de guitarra foi substituído pelo glockenspiel de brinquedo.

Saxofones de plástico, kazoos e apitos formaram a metaleira muppet de Todos Estão Surdos (Roberto Carlos/Erasmo Carlos). Acrescidos de um sax barítono feito com um antigo Genius, popular brinquedo eletrônico da década de 80. Fernanda Takai canta essa canção embalada pela parte falada pela filha Nina, com a pureza d'alma que só as crianças tem.

Live And Let Die, tema de filme de James Bond na voz de Paul McCartney, um desafio instrumental que acabou se tornando uma das mais divertidas justamente por ser tão épica e cheia de partes difíceis. Um vinil sacudido faz o som de um tímpano e uma orquestra inteira é reproduzida com camadas e camadas de brinquedos.

O ritmo eletrônico que serve de base para o hit Pelo Interfone (Ritchie/Bernardo Vilhena) é refeito com efeitos de tecladinhos e bateria infantil. E até o som de interfone é feito com um mini alto-falante de brinquedo.

O Pato Fu nunca escondeu sua admiração pelo grupo japonês Pizzicato Five e nessa versão de Twiggy Twiggy uma quantidade enorme de brinquedos é usada pra recriar o clima de colagem sonora do original.

Em My Girl (Smokey Robinson/Ronald White) o destaque é a kalimba fazendo o riff original da guitarra e o reverb de mola de brinquedo usado na caixa da bateria. A orquestrinha de Casiotone VL1 no instrumental também é parte do charme.

O kazoo impera em Ska, clássico dos Paralamas do Sucesso. É um instrumento muito fácil de ser tocado, substituto óbvio para o sax, com um efeito sempre engraçado. Na parte rítmica, uma clonagem de brinquedo da bateria virtuosa original, com viradas alucinadas no final.

E o disco se encerra com Love Me Tender. Dizem que essa música conhecida na voz de Elvis Presley é a campeã mundial de canções de ninar no mundo todo. E ela fecha o disco assim, num clima calmo, criado desde a introdução em que o acompanhamento é feito por uma caixinha de música de cartão perfurado. O baixo é uma kalimba. A bateria, uma caixa de fósforos.

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