sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Olhar (por Leandro Rocha)

Foto da Revista National Geografic


É hora de olhar para dentro.
O mundo é grande, cheio de coisas para se saber,
Nele cabem os pensamentos, vontades
e ações que ganham vida.
Quando os olhos brilham nessa direção,
a impaciência se movimenta nas órbitas
e o visto apressa a necessidade.

É hora de olhar para dentro.
É hora de olhar para fora.
Olhar para a história contada por aquilo que fizemos ou não.
Refletir sobre o que gostaríamos de ver e como abrir os olhos.
Olhar e não ver é a dádiva dos tolos.
Mesmo fechados os olhos imaginam,
viajando distâncias de pensamentos.
Pois ver é organizar as idéias, conhecer.

É hora de olhar para dentro.
É hora de olhar para fora.
É hora de não olhar.

De tudo visto guardamos lembranças.
Do vivido e conhecido
recriamos imagens e seguimos adiante.
Na morte deixamos de conhecer,
o olhar vislumbra o vazio, nada vê.
Quem só olha para dentro,
acaba não se vendo.
Quem só vê o que está fora,
não percebe o caminho.
Nossa busca infinda pelo sentido das coisas
é limitada pelo olhar que tudo revela:
o que somos, queremos, sentimos, pensamos e até o que não existe.
Olhemos em todas as direções,
sabendo que, às vezes, é preciso não olhar para ver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário