O experimentalismo e o improviso são os ingredientes principais da apresentação do grupo Kizambe, que une no palco da Casa da Ribeira nesta quarta-feira (11) os percussionistas Dudu Campos e Sami Tarik. A dupla ainda recebe o flautista Carlos Zens e o baixista Ismael Miranda para completar a "Colméia Imaginária", nome de batismo do show inserido no projeto Cena Aberta. Os ingressos custam R$ 5 e a performance inicia às 20h.
Auridan Trindade
Sami Tarik e Dudu Campos, do Kizambe, recebem amanhã os artistas Carlos Zens e Ismael Miranda no palco da Casa da Ribeira
Sami Tarik e Dudu Campos, do Kizambe, recebem amanhã os artistas Carlos Zens e Ismael Miranda no palco da Casa da Ribeira"Nossa proposta é deixar fluir e aproveitar o momento de forma espontânea. Temos um roteiro para embasar o show, mas muito da apresentação depende do clima, do improviso contínuo, por isso quem estiver lá vai presenciar um momento único. Nem os convidados sabem o que vai acontece", esclareceu o kizambeiro Sami Tarik. "Considero nossos encontros verdadeiras celebrações", acrescenta. O repertório de "Colméia Imaginária" é todo de composições autorais e inéditas.
"Nosso processo de criação é uma experiência interativa, dinâmica e inacabada, que supõe intenso diálogo com a plateia e com outras linguagens artísticas", explicou o músico.
A formação do Kizambe se completa com Filipe Castro, também percussionista, e sua principal atuação é no campo da pesquisa, da educação e da execução musical. Permeado por uma preocupação estética, ambiental e pedagógica, o grupo surgiu como um projeto social que trabalha a musicalização em comunidades de municípios do interior do RN como Taipu e Ceará Mirim (Maçaramduba). As oficinas de percussão, que também utilizam material reciclado, já ecoaram nos projetos Conexão Felipe Camarão e Ilha da Música. "Já levei esse trabalho para o Rio Grande do Sul, para Cabo Verde na África, e a próxima parada será em Florianópolis (SC)", enumerou Tarik, que acaba de se graduar na Escola de Música da UFRN e apresentou monografia sobre o tema. O Kizambe repete a dose dia 20 de janeiro.
O projeto Cena Aberta, da Casa da Ribeira, abre espaço não só para música como também para teatro, dança, performance e ideias. A iniciativa é patrocinada pela Cosern e pelo Governo do RN através da Lei Câmara Cascudo. A programação deste mês já está fechada e os ingressos têm sempre preços populares. As próximas atrações são: dia 13 Antônio de Pádua apresenta o show "Um
olho no peixe e outro no gato"; dias 14 e 15 sobem ao palco o espetáculo de dança "Eu, Vós e Ele", da Companhia de Dança do TAM; dias 19 e 26 show acústico de Talma&Gadelha; dia 21 a performance "Outro Manifesto: Um artista da fome", com o Coletivo ES3; dia 22 o musical infantil "O Ratinho Teobaldo"; dia 25 oficina "Criação: Uma experiência performática", com o ator Ênio Cavalcante; dias 27 e 28 a performance "Prontuários: Experimento n° 2", com o Grupo Facetas Mutretas e Outras Histórias; e dia 29 o Coletivo ES3 volta ao palco.
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